quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Testemunho de uma confinada no Enem

No último fim de semana, 22 e 23 de outubro, como muitos jovens, fui fazer o exame do Enem. Como guardadora do sábado, eu sabia que encontraria dificuldades extras. Orei muito a Deus para que tudo isso servisse de testemunho; que ficar trancada o sábado inteiro numa sala pudesse mostrar a alguém quem é o nosso Senhor. Meu local de prova foi na Avenida Paulista, em São Paulo. Estava um pouco preocupada, pois, no ano passado, não queriam que cantássemos e nem orássemos, mas, graças a Deus, apesar de certo conflito, pude falar um pouco sobre Ele. Ao chegar ao endereço, havia uma grande fila. Vi que todos eram adventistas, a grande maioria de jovens, e fiquei feliz. Na minha sala ficou gente muito animada. Logo todos começaram a conversar como se fossem amigos de muito tempo. As salas vizinhas até reclamaram do nosso barulho, porque o pessoal lá queria dormir um pouco, mas continuamos conversando. Uma menina muito animada foi logo organizando nosso tempo. Fez uma dinâmica para todos se conhecerem, cantamos, conversamos mais, cantamos de novo, um rapaz passou a Lição da Escola Sabatina. E os fiscais assistindo a tudo.

Fizemos um momento de oração, com pedidos e agradecimentos; depois, uma das meninas que me conheceram no Enem do ano passado contou para a menina animada que eu havia falado no culto de pôr do sol do ano anterior, então fui convidada a falar. Orei muito e decidi que um bom texto seria 1 João 2, que fala sobre os mandamentos de Jesus. Li também Lucas 10:25-28. Falei de como Deus nos ama, que Seus mandamentos são amor e que a única retribuição ao amor é o amor. Falei do sacrifício de Jesus, de Sua graça e amor, e terminei falando de Romanos 3:31.

O tempo acabou e tínhamos que sentar e ficar quietos. Então uma das fiscais começou a falar. Ela disse que só havia ouvido o nome adventista, mas não sabia o que era, e que naquele dia ela pôde conhecer os adventistas. Disse que havia gostado muito da experiência e que estava muito feliz. Falou de nossa união, apesar de não nos conhecermos antes; achou isso muito bonito e elogiou nossa persistência em seguir o que acreditamos. Ela falou que viu e ouviu coisas que nunca havia visto ou ouvido; que naquele dia ela se sentiu na presença de Deus, de verdade, e que agora ela queria conhecer melhor nossa fé e visitar nossas igrejas. Foi uma experiência única para aquela jovem. Ela encontrou Deus em um lugar em que não esperava. Ela escreveu o nome e o telefone na lousa para mantermos contato. Depois, um rapaz entregou livros para os quatro fiscais da nossa sala. Um deles agradeceu por todos e pediu que assinássemos uma dedicatória, para que eles nunca se esqueçam daquele dia, porque gostaram muito de nos conhecer.

Nesse Enem, tenho certeza de que fiz novos amigos. Trocamos Facebooks e pretendemos manter contato, tanto os adventistas como os fiscais. Mais importante que garantir pontos no vestibular, foi conhecer aquelas pessoas e saber que nosso testemunho foi importante para elas.

Neste ano, batalhando mais uma vez, fazendo cursinho, já valeu a pena por essas quatro pessoas que tiveram uma chance de conhecer melhor a Palavra de Deus. Muitos criticam quem faz Enem, porque deixam de ir à igreja para cuidar de seus interesses pessoais, ficando o sábado trancados em uma sala. Mas, se ficássemos quietos em nossas igrejas, no lugar de dar nosso testemunho, essas e talvez outras muitas pessoas no Brasil inteiro deixariam de ouvir nossa mensagem de esperança e amor. Deus usa maneiras inusitadas para encontrar Seus filhos.

(Marianna Cecyn)

www.criacionismo.com.br

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